Material
Os materiais utilizados na fabricação da vara de pesca pode variar em muitos aspectos.
- Fibra de vidro é durável, económica e adapta-se á maioria dos tipos de pesca.
- Grafite são mais fortes e mais sensiveis mas são mais caras em relação as anteriores.
- Carbono é levemente mais resistente mas mais caro ainda.
- Bambu necessita de mais cuidados e não tem a resistência dos materiais falados anteriormente. Este é ainda utilizado nas varas de mosca e de fabrico artesanal.
O comprimento da vara ganha importância relativamente ao local onde vai ser utilizada, assim: Uma vara curta funciona bem em locais com pouco espaço como é o caso dos barcos e uma vara longa será mais apropriada para lançamentos que necessitem maior alcançe.
Ação da ponteira
As varas de ação rápida são caracterizadas por dobrarem só a ponteira, as de ação média dobram do meio para a frente e por fim as de ação lenta dobram ao longo de toda a vara.
Tipos de Varas:
-ULTRALIGHT (UL) – Ultra Leve
Linha até 6 libras (2,3kg)
-LIGHT (L) – Leve
Linha de 6 a 12 libras (2,3kg a 5,4kg)
-MEDIUM (M) – Média
Linha de 10 a 14 libras (4,5kg a 6,4kg)
-MEDIUM-HEAVY (MH) – Média Pesada
Linha de 14 a 25 libras (6,4kg a 11,3kg)
-HEAVY (H) – Pesada
Linha de 16 a 30 libras (7,2Kg a 13,6kg)
-MUSKY, EX-HEAVY – Super Pesada
Linha acima de 35 libras (15,9kg)
Varas para molinetes
Os passadores são maiores, pois a linha sai em espiral causando maior atrito da linha com o passador. Não possuem gatilho.
Varas para carretilhas
Os passadores são menores, pois a linha sai reta causando menos atrito. A maioria possui gatilho.
Varas de encaixe
Os elementos que as constituem encaixam uma nas outras, sendo o topo do elemento encaixado no final do elemento anterior. Várias vantagens surgem: pesca a várias distancias e a mais importante a de pescar com uma quantidade de fio mais limitada que trará precisão e rapidez no momento de ferragem dos peixes. Muito utilizada para pescadores em competição. O comprimento de fio a utilizar é igual ao comprimento da fundura da zona onde se esta a pescar
Varas telescópicas
Dividem-se numa escala de comprimentos (1,5m a 11 m). Um principiante escolherá em fibra de vidro pela sua resistência dentro de comprimentos pequenos enquanto que um pescador mais exigente prefere carbono por ser mais rígido e mais leve.
COMPRIMENTO
É a medida do cabo à ponteira. Quanto mais compridas forem, mais longe se pode arremessar. Porém, fatores como ações da varas, pesos das iscas, espessuras das linhas e qualidade da carretilha podem influenciar. Em geral, elas tem os comprimentos especificados em pés e polegadas.
PESOS DE ARREMESSOAs varas possuem limites mínimos e máximos quanto ao peso de iscas que suportam arremessar. Os valores referentes a pesos de arremessos vem expressos em onças (OZ).
CAPACIDADE DE PESO E RESISTENCIA DA LINHA
Determina qual a capacidade mínima e máxima da linha com que se pode trabalhar. A mínima é a linha mais fraca que pode ser utilizada sem risco de partir no arremesso. A máxima é a mais forte que pode ser utilizada sem o risco de quebrar a vara. As variações entre as medidas dos diâmetros são expressas em frações de milímetro (ex.: 0,25 – 0,40 – 0,50) e a libragem em libras (ex.: 10lb, 25lb, 50lb).
Classificações
As varas são classificadas quanto ao comprimento, pesos de arremesso, poder ou força, capacidade de pesos e resistência das linhas e ações. Normalmente essas ckassificações vem impressas nas próprias varas.
É a medida do cabo à ponteira. Quanto mais compridas forem, mais longe se pode arremessar. Porém, fatores como ações da varas, pesos das iscas, espessuras das linhas e qualidade da carretilha podem influenciar. Em geral, elas tem os comprimentos especificados em pés e polegadas.
PESOS DE ARREMESSOAs varas possuem limites mínimos e máximos quanto ao peso de iscas que suportam arremessar. Os valores referentes a pesos de arremessos vem expressos em onças (OZ).
CAPACIDADE DE PESO E RESISTENCIA DA LINHA
Determina qual a capacidade mínima e máxima da linha com que se pode trabalhar. A mínima é a linha mais fraca que pode ser utilizada sem risco de partir no arremesso. A máxima é a mais forte que pode ser utilizada sem o risco de quebrar a vara. As variações entre as medidas dos diâmetros são expressas em frações de milímetro (ex.: 0,25 – 0,40 – 0,50) e a libragem em libras (ex.: 10lb, 25lb, 50lb).
-BLANK – É o corpo da vara, responsável pelo poder da vara, ou seja, a quantidade de esforço que a vara suporta. Também determina a ação da vara. Pode variara de tamanho conforme o tipo de pescaria
-REEL SEAT – É o fixador da carretilha/molinete. Onde se prende a carretilha à vara.
-REAR GRIP – Chamado de “cabo”. Pode ser curto ou comprido dependendo da modalidade a ser usada.
-BUTT CAP – É a tampa do cabo. Peça muito importante. Além de ser um item no acabamento da vara. É o Butt Cap que evita o choque direto do Blank com o chão, o que poderia causar trincas na vara. É ele também que veda o cabo e o Blank para não acumular sujeiras como umidade, areia, limo, maresia, barro, etc.
-TIP TOP – Ponteira da vara.
-GUIDES – Passadores ou Guias.
-HOOK KEEP – Prendedor de anzol/ iscas artificiais.
Passadores
As varas de maneira geral diferem entre si quanto ao tipo de pesca:
- Surf cast: Vara para pesca de praia, seu comprimento pode superar os 4,50m, tendo como referência principal sua capacidade de arremesso(lançamento) ou casting weight;
- Spinning- Varas específicas para utilização com carretos bobina fixa (molinetes) normalmente de pequeno porte (aproximadamente 2,10m-7 pés), largamente usadas na pesca embarcada;
- Baitcast- Vara construída para ser usada com carretos de bobina móvel (carretilhas) e aplicada para pesca de lançamento com amostras (iscas artificiais);
- Trolling Equipamento desenvolvido para pesca de corrico. São varas curtas com grande resistência, dependendo da categoria de pesca possui roldanas em vez de passadores;
- Fly- varas utilizadas para o arremesso de linha que é específica na pesca à mosca, as amostras (iscas, moscas, plumas) desta modalidade não possuem peso, a linha é que transporta a isca até o local desejado.
Cuidados e manutenção
- Após a pescaria, lave com água e sabão neutro e deixe-a secar à sombra para não manchar a pintura. Nunca use produtos corrosivos ou com ácidos para limpeza.
- Se após a limpeza o cabo estiver ressequido dificultando a utilização, utilize vaselina líquida até que fique macio.
- Os passadores e a ponteira devem ser lavados com uma pequena escova, água e sabão, para que a composição do fio e resina usados na fixação não sejam alterados.
- Se os passadores e a ponteira estiverem com início de oxidação(ferrugem), provocada pela maresia ou por longos períodos de inactividade, utilize uma esponja de aço fina.
- Se a pintura estiver fosca, use liquido de polir para realçar o brilho.
- Se o corpo tem a pintura original riscada ou gasta, utilize lixa de água para remoção da tinta; em seguida, pinte com tinta spray normalmente utilizada para pintura automóvel, protegendo os passadores e a ponteira com fita de protecção.
- Quando o cabo de cortiça estiver liso e ou escorregadio, use esponja de limpeza doméstica com água e sabão ou lixa de água.
- Armazene quando não utilizada suportes que a mantenham na posição vertical, para que o corpo não entorte.
- Quando viajar para longas distâncias utilize tubo para transporte.
- Quando transportar as canas em tubos, amarre os diversos elementos, evite que a oscilação do tubo oscile a vara.
O aparecimento das varas de pesca resultou da necessidade de ampliar o raio de ação do braço do pescador.
A princípio, qualquer pedaço de madeira razoavelmente reto era utilizado, o bambu, por ser oco, flexível e reto, logo entrou em uso, e é até utilizado em grande escala em todo o mundo.
Por volta do séc. XVIII, surgiram na Europa varas de pesca de madeira sólida feitas com uma ou mais seções. As madeiras mais usadas eram provenientes da América do Sul, lancewood e greenheart. Todavia, apesar de fortes, elas apresentam inconvenientes, como peso demasiado e tendência a empenamento.
Em 1801, Snart, em sua obra Pratical observations on angling in the river Trent (Observações práticas sobre a pesca no rio Trent), mencionou pela primeira vez a vara feita de lascas de bambu colada uma às outras (built cane).
Estas varas, depois confeccionadas com seis tiras de perfil hexagonal, estiveram em uso até 1948, quando o panorama da manufatura de varas de pesca sofreu radical mudança com a aparecimento da fibra de vidro. Impregnado de resina sintética, esse material substitui por completo as varas metálicas (aço, ligas de cobre etc.), muito usadas no período 1920- 1947, e, em grande parte, o bambu.
Imune ao calor, frio, apodrecimento, corrosão pela água salgada, umidade, esse material apresenta grande facilidade de recuperação da forma, mesmo depois de curvo durante muito tempo. Entretanto, as varas de built, cane, delicado trabalho de artesanato, de preço elevado, continuam contando com a preferência dos especialistas de pesca com mosca.
Existe uma infinita variedade de varas à venda nas lojas especializadas que vão desde a tradicional vara de bambu até as produzidas a partir de fibras e mistura de fibras como as de carbono e grafite e outros materiais, como o kevlar, por exemplo, e estão cada dia mais leves e resistentes.
Quando for adquirir uma vara deve-se ter em mente o tipo de pescaria que costuma praticar, ou seja, o tamanho do peixe, se pesca embarcado, de barranco ou praia, se necessita executar arremessos longos, os tipos de iscas utilizadas, se usa molinete, carretilha ou nenhum dos dois etc.
Se costuma pescar de barranco em pequenos rios onde os peixes maiores (acima de 700g) são raridade, pode muito bem usar varas caipiras (de bambu) ou varas telescópicas lisas tomando apenas o cuidado de dimensionar a linha um pouco acima do recomendado.
Não sendo o caso, pode-se optar por varas equipadas com molinetes ou carretilhas. Algumas pessoas desconhecem mas existe uma diferença entre as varas recomendadas para molinetes e aquelas usadas para carretilhas.